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Prefácio
Desde as primeiras e modestas pesquisas na década de 40 houve uma crescente preocupação quanto aos efeitos da doença e tratamento na qualidade de vida (QV) dos pacientes, culminando hoje numa área de considerável importância e atenção clínica. Apesar disso, não há ainda um consenso quanto à conceituação do que seja QV. Alguns a definem como realização de um plano de vida, outros como satisfação de necessidades ou ainda como senso de bem-estar. Já se observa, entretanto, um maior acordo quanto às suas dimensões. Tradicionalmente, os critérios utilizados para medir o impacto da epilepsia na vida de uma pessoa tinha parâmetro exclusivamente clínico: freqüência, tipo e severidade das crises. Hoje se considera que o grau de desvantagem que uma pessoa experiencia como resultado da epilepsia pode ser determinado tanto pela percepção de quanto a doença alterou sua vida como pelas manisfestações clínicas. Assim, o tratamento de pacientes epilépticos requer mais do que simplesmente a administração de drogas, e o prognóstico não depende exclusivamente do controle de crises, pois problemas sociais ou culturais podem interferir tanto quanto as crises na QV dos pacientes epilépticos. Para se compreender bem o impacto da epilepsia na vida de uma pessoa deve-se pesquisar não só o aspecto físico como também, o social, o emocional e sua percepção ao senso de bem-estar. Atualmente há interesse de incorporar rotineiramente modelos de QV relativos à adequação de status cognitivo, emocional e comportamental, habilidade de trabalho, funcionamento e estabilidade social, auto-estima, ajustamento aos sintomas da doença. |
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