PET - Tomografia por Emissão de Pósitrons





Londres, 12 de Fevereiro de 1997- Cientistas descobrem mais evidências de que a esquizofrenia tem uma base física, foi reportado pela revista científica semanal Nature. Pesquisadores japoneses relataram que com o uso da avançada tecnologia de scaneamento, conhecido como Positron Emission Tomography (PET) foi possível ser mostrado que esquizofrênicos tem uma deficiência significante de um receptor cerebral chave, que afeta processos mentais e o humor das pessoas.

Pensou-se por muito tempo que a esquizofrenia estava relacionada com as mudanças no caminho da dopamina, um neurotransmissor que transmite impulsos no cérebro, e que afetava esses receptores. Pesquisa básica apoiando essa idéia veio do fato que as drogas efetivas no tratamento de psicoses interagiam com um grupo importante, conhecido como D2, desses receptores de dopamina. Tentativas de achar-se mudanças na quantidade desses receptores D2 no cérebro de esquizofrênicos foram inconclusivas. Mas, pesquisadores japoneses, liderados por Yoshiro Okubo da Tokyo Medical and Dental University School of Medicine, disseram que os estudos de PET tem mostrado deficiências significativas de receptores similares, conhecidos como D1, no cérebro de pacientes esquizofrênicos.

PET( tomografia por emissão de positrons) é uma técnica de visualização cerebral que usa um marcador radioativo para mostrar atividade química no cérebro. O scanner PET aponta o destino da glicose, oxigênio ou drogas marcadas para revelar partes do cérebro envolvidas na realização de uma determinada atividade.

PET permite que se entenda como o cérebro funciona, medindo os níveis de energia - ou atividade - em áreas específicas do cérebro. Scanners PET geram figuras de um cérebro funcionando, fornecendo mapas de emoções, aprendizado, visão, e memória. Por exemplo, pacientes podem ser injetados com uma forma radioativa da glicose. A glicose acha seu caminho até o cérebro através da corrente sangüínea. Como a glicose é normalmente o combustível do cérebro, quanto mais ativa for a parte do cérebro durante a atividade, maior será a quantidade de glicose que será usada. Um conjunto de detetores de radiação no scanner localiza a radioatividade e manda esses dados para um computador que produz uma imagem bidimensional colorida ( cores mais vivas indicam mais atividade) de onde o cérebro está ativo. Identificar essas funções cerebrais é a chave no desenvolvimento de novas maneiras de se diagnosticar e tratar esquizofrenia e outras desordens mentais.


Comparação entre cérebros onde um dos gêmeos é esquizofrênico, feita por PET