Uma Introdução sobre o tema da Esquizofrenia





O primeiro a utilizar o termo esquizofrenia foi o psiquiatra suiço, Eugen Bleuler em 1911, sobre os pacientes que tinham as características de desligados de seus processos de pensamentos e respostas emotivas.

Equivocadamente atribui-se a esquizofrenia à cisão de personalidade, dissociação em personalidades, o que não é correto. Ser portador de esquizofrenica não significa ter dupla personalidade. O termo se adequa para descrever um quadro de sintomas típicos, incluindo enganos, alucinações, desordem de pensamentos e ausência de respostas emotivas, aliadas à fatores genéticos e tensões ambientais.

O efeito desta doença é devastador do aspecto humano no que concerne ao pensamento, emoção e expressão. Não existe vislumbre de cura, porém, com o tratamento adequado, pode reduzir significativamente os sintomas e as reincidências de surtos em mais de 50%. Novas drogas parecem estar melhorando este índice. O tratamento prévio da esquizofrenia, durante os primeiros sintomas, pode aumentar os índices de remissão de 50% para 80 a 85 %.

Os portadores de esquizofrenia sofrem na ausência de cuidados especiais. Têm dificuldades para trabalhos e seus relacionamentos são prejudicados e difíceis, mesmo com a melhora dos sintomas. Apesar do comportamento do esquizofrênico demonstrar ser assustador, as pessoas com esquizofrenia não são mais violentas do que as pessoas normais; pelo contrário, são mais capazes de abster-se das violências.

Em pacientes com histórias de outras doenças pode ser difícil o diagnóstico para os sintomas da esquizofrenia, sendo estes sintomas mascarados pelos outros, não recebendo portanto a atenção médica e a devida medicação.

A esquizofrenia causa danos não somente aos seus portadores mas também à sociedade em si. Calcula-se que nos E.U.A. seis bilhões de dólares foram destinados aos cuidados com a saúde e com o sistema judiciário para lidar com doentes esquizofrênicos, além da produtividade perdida no trabalho e cuidados dos pacientes por seus familiares em seus lares. Antigamente a esquizofrenia era tratada a longo prazo com internação em hospitais mentais. Após o início da utilização de drogas antipsicóticas nos meados dos anos 1950 e 1960 e a pressão política econômica de redução de custos, coincidiram com a esperança de que estas drogas seriam mais eficientes. Em 1970, milhares de pacientes foram libertos das instituições para a comunidade. A maioria das familias foram orientadas para receber seus doentes e a incidência de esquizofrênicos em seus lares aumentou. Apesar da tentativa de reduzir os gastos com estes pacientes mentais nos hospitais, 40% dos pacientes ainda requer tratamento com hospitalização a longo prazo e mais da metade dos pacientes necessitam de auxílio público pelo menos durante um ano antes de reingressar na comunidade.




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