Efeitos Colaterais da Medicação contra Esquizofrenia





Síndrome Maligna Neuroléptica
As características principais da SMN são hiperpirexia, rigidez muscular, status mental alterado (incluindo sinais catatônicos) e instabilidade autonômica (pulso irregular ou pressão sangüínea instável). Adicionalmente, podemos ter elevado CPK, mioglobinúria e falência renal aguda. A SMN é rara mas potencialmente fatal e, portanto, requere um tratamento sintomático suporte. A interrupção imediata do tratamento neuroléptico é obrigatória.

Discinesia Tardia
Uma síndrome consistindo de movimentos discinéticos involuntários e potencialmente irreversíveis pode desenvolver-se em pacientes tratados com drogas antipsicóticas convencionais. Embora a prevalência de discinesia tardia com antipsicóticos convencionais parece ser maior entre os idosos, especialmente mulheres idosas, é impossível basear-se em estimativas de prevalência para predizer, no início do tratamento, quais pacientes estão propensos a desenvolver a síndrome.

Agranulocitose
É definido como uma contagem de granulócitos abaixo de 500/mm(3).

O tratamento dos efeitos colaterais extrapiramidais.
Em geral, os efeitos colaterais extrapiramidais decorrentes das drogas neurolépticas são tratados de início, pelo médico, reduzindo a dosagem ou receitando um interruptor, droga atípica. Os efeitos extrapiramidais podem realmente assemelhar-se aos da doença de Parkinson (ocasionado por baixos níveis de dopamina), e então o médico pode prescrever drogas anticolinérgica e anti-parkinsoniana que aumentam os níveis de dopamina, ajudando a restaurar o equilíbrio. Entre os anticolinérgicos mais comuns utilizados, são o cloridrato de triexifenidila 2 ou 5 mg (Artane, Triexidyl), cloridrato de de biperideno 2 e 4 mg ampola com solução injetável, 1ml contendo lactato de biperideno 5m IM ou IV (Cinetol, Akineton) e benzotropina (não encontrei nome comercial desta droga no Vade-mécun, entretanto adicionei o cloridrato de biperideno - Akineton, comumente utilizado no Brasil). Algumas destas drogas também podem ser úteis quando administradas a sintomas negativos da esquizofrenia. O uso de anticolinérgicos, entretanto, aumenta o custo e complica o equilíbrio de sérios efeitos colaterais. Comumente causam secura na boca podendo ocorrer náuseas, visão turva, índice aumentado de batimentos cardíacos, constipação e retenção urinária em homens com aumento prostático. Os portadores de glaucoma devem utilizar estas drogas cautelosamente. Os anticolinérgicos podem causar problemas mentais significativos, incluindo perda de memória, confusão e alucinações, semelhantes aos sintomas da esquizofrenia. Elas também reagem com o álcool e anti-histamínicos. A maioria dos especialistas opõe-se ao uso de rotina de drogas antiparkisonianas para a esquizofrenia e os recomenda somente para pacientes que não podem ser controlados regularmente e para quem necessita de altas doses de antipsicóticos e correm grande risco para os efeitos colaterais desta. Os especialistas recomendam sua retirada após três ou quatro meses, se possível. Se os sintomas persistirem, as drogam podem ser substituídas. Deve ser anotado que a retirada dos anticolinérgicos podem causar depressão e exacerbar a esquizofrenia.